De mascotes a creators: o crescente potencial dos pet influencers e as oportunidades para as marcas
O Brasil é, atualmente, o terceiro país do mundo com mais pets, segundo o censo do IPB (Instituto Pet Brasil). O mercado enxerga a “pet economy” como uma oportunidade, tanto para expandir produtos e serviços voltados às necessidades dos animais de estimação quanto pela chance de aproveitar o amor pelos bichinhos em prol das narrativas de marcas.
Em um mercado de influência que cresce exponencialmente, percebemos a ascensão dos pets como criadores de conteúdo. Essa tendência tem origem na capacidade natural dos animais de estabelecer uma conexão emocional com as pessoas, pois despertam sentimentos de afeto, carinho e proteção. Além disso, assistir a vídeos e fotos de animais pode liberar dopamina e ocitocina, hormônios associados à felicidade e ao bem-estar. Eles não são apenas uma atração visual para os seguidores, mas também tornam-se uma pausa bem-vinda em um mundo repleto de notícias pesadas e desafios diários, proporcionando momentos de leveza e distração. Ademais, os pets são uma parte importante do marketing digital e da cultura pop. Sem dúvidas, este tipo de conteúdo é atualmente um dos que mais engaja nas plataformas.
Estratégia para marcas
Investir em pet influencers acaba sendo uma estratégia inteligente para as marcas. Assim como em ações com influencers humanos, os animais são um excelente canal para aumentar a visibilidade da marca – ou awareness – aproximando o público da empresa. A personalidade cativante dos bichinhos ajuda a construir uma narrativa envolvente, gerando uma imagem positiva e autêntica, além de conectar, ainda mais, a marca aos seus consumidores.
Outro ponto importante, é que estamos vendo um crescimento não apenas de pets em campanhas publicitárias, mas também de marcas buscando collabs diretas com esses pet influencers, que estão lançando suas próprias marcas ou linhas de produtos. Um exemplo é a gata Nala, que, com mais de 4 milhões de seguidores, possui sua própria linha de ração. No Brasil, temos o icônico Chico, CEO do perfil “Cansei de Ser Gato”, que além de já ter participado de campanhas para diversas empresas, incluindo os Correios, há ano, possui sua marca própria e, recentemente, inaugurou sua primeira loja física com itens voltados para gatos, em São Paulo.
Autenticidade continua sendo o mais importante
Embora os pets sejam muito atraentes no ambiente digital, isso não significa que qualquer marca possa simplesmente incluí-los em suas estratégias. O sucesso está em criar campanhas autênticas, divertidas e leves, compreendendo a essência da conexão entre os animais e o público, e como essa relação se conecta ao discurso da marca. É crucial que as ações se integrem a um contexto natural para o pet, proporcionando uma narrativa fluida e cativante. Seja com cães, gatos ou outros animais, com uma estratégia bem elaborada e ajustada ao comportamento dos consumidores, o engajamento é praticamente garantido – afinal, quem nunca compartilhou um conteúdo fofo de pets com alguém?